João Canning-Clode e João Gama Monteiro, investigadores do MARE-Madeira ARDITI, participaram num estudo que compila várias soluções possíveis e eficazes para prevenir, monitorizar e limpar o lixo marinho. Mas isso só será possível maiores apoios, integração das diversas iniciativas e decisões políticas criativas, alertam.
Os autores deste trabalho científico estimam que, entre 1990 e 2015, foram despejados nos oceanos mais de 100 milhões de toneladas métricas de plástico. De forma que, para encontrar as melhores soluções, os cientistas exploraram todas as categorias e analisaram quase 200 potenciais soluções, desde o uso de drones, robots, correias transportadoras, redes, bombas e filtros – dependendo se iriam atuar junto de áreas costeiras ou no mar profundo.
Mas estes investigadores têm consciência que a maioria dos projetos de limpeza nunca passam da fase de desenvolvimento e raramente chegam ao mercado. Para combater esta realidade, preconizam que estas soluções devem ser integradas em diretrizes políticas claras e robustas, de forma a incentivar a criação de uma futura indústria.
Este estudo, publicado na prestigiada revista científica Nature Sustainability, foi coordenado por Nikoleta Bellou, do Helmholtz-Zentrum Hereon, e contou com a colaboração do National Research Council of Italy, do Marine Environmental Sciences Centre, do National Technical University of Athens, do Smithsonian Institution e da Marine Robotics .
Por Paulo Caetano
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