Um traumatismo craniano ou um acidente vascular cerebral, por exemplo, podem causar lesões que irão originar perturbações psíquicas onde a euforia, a hiperatividade e a depressão alternam de forma constante e imprevisível. Mas uma equipa de investigadores portugueses e norte-americanos conseguiu identificar os circuitos cerebrais que, após esses acidentes, estão envolvidos no surgimento das perturbações bipolares.
Esses circuitos foram referenciados graças a técnicas de neuroimagiologia, que permitiram localizar as redes neurais que estavam interligadas com determinados défices. E revelaram, nestes casos, uma conectividade intensa entre o polo frontal do cérebro, o córtex temporal inferior e o córtex orbitofrontal.
Tudo no hemisfério direito do cérebro. Os resultados obtidos com esta investigação irão ser utilizados para orientar novos ensaios clínicos e, eventualmente, ajudarem a desenvolver novos tratamentos médicos.
Os resultados deste estudo foram publicados na revista Journal of Clinical Investigation. O primeiro autor desta equipa internacional, onde participaram investigadores do Centro Champalimaud e da Escola de Medicina da Universidade de Harvard, é o cientista Gonçalo Cotovio.
Por: Paulo Caetano
Para saber mais:
www.jci.org/articles/view/136096