Nos últimos anos e a partir de produtos naturais, Lurdes Cristiano e a sua equipa de investigadores do CCMar – Centro de Ciências do Mar têm vindo a desenvolver novos compostos orgânicos com atividade antimicrobiana, com aplicações no combate à malária, à leishmaniose e à tuberculose.
Uma hora para saciar a curiosidade. E divulgar as mais recentes descobertas científicas, que impactam as nossas vidas e a sociedade. Uma hora para conhecer os protagonistas. As suas histórias. As suas dificuldades e, acima de tudo, como alcançam os seus objetivos. Uma hora que passa num instante.
Uma hora de Ciência com Impacto.
A Inovação e a transferência do conhecimento produzido na academia são temas que acompanham a carreira científica de Carlos Costa, professor emérito da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e investigador do laboratório associado ALICE. Temas aos quais mantém, ainda hoje, uma forte ligação.
A proteína animal é essencial para todos os animais omnívoros – humanos incluídos. É parte integrante da Natureza, e está intrinsecamente associada à História da evolução do homem. Continuará a ser decisiva no nosso Futuro – se quisermos ter uma Humanidade sem carências alimentares e saudável. Daí que a forma como esse alimento é produzido seja uma das principais preocupações de Alfredo Teixeira, investigador do CIMO – Centro de Investigação de Montanha.
A forma como fazemos chegar o fármaco ao local desejado tornou-se, nas mãos da investigadora Ana Grenha, quase uma arte. Para esta cientista do CCMar e professora na Universidade do Algarve, o objetivo do seu trabalho é aumentar a eficácia da administração dos fármacos – contribuindo para uma sociedade mais saudável.
A catálise permite acelerar a reação química e orientar o seu resultado final. Está presente em mais de 80 por cento dos processos químicos e tem um valor considerável, pois representa entre 30 a 40 por cento do PIB dos países desenvolvidos. O investigador José Luís Figueiredo, do laboratório associado ALICE, ligado à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), é um dos grandes especialistas nacionais nesta matéria.
O composto que resulta da degradação dos resíduos sólidos urbanos, quer todos nós produzimos diariamente, pode ser valorizado. Para o investigador Helder Gomes, do CIMO – Centro de Investigação da Montanha, este composto não é um resíduo descartável. Pelo contrário, ele é uma mais-valia de onde pode extrair biomateriais para serem usados como adsorventes ou catalisadores em processos ambientais.
A Ria Formosa, um dos mais importantes berçários de peixes do País, está em perigo. Estes são os dados de um estudo de longa duração levado a cabo pelo investigador Karim Erzino, do CCMar – Centro de Ciências do Mar, ligado à Universidade do Algarve. E alguns dessas espécies mais ameaçadas são de elevado valor comercial.
Nas últimas décadas, o investigador Luís Melo, do laboratório associado ALICE da FEUP, dedicou-se ao estudo das comunidades de bactérias, conhecidas por biofilmes. O seu objetivo é encontrar novas formas de as combater, quando necessário. Quer seja na medicina ou na indústria.
Foi a melhor aluna de licenciatura da sua universidade, entre mais de mil alunos finalistas. E esse feito garantiu-lhe uma bolsa de estudo e a sua passagem de Lima, no Perú, para a Irlanda – onde veio doutorar-se e iniciar a sua carreira na investigação. Atualmente, Ursula Gonzales Barron é investigadora sénior do CIMO – Centro de Estudos de Montanha e dedica-se a garantir que aquilo que comemos é seguro e tem qualidade.
Um dia, Luísa Custódio estava na praia a fazer recolha de algas. Olhou à volta e apercebeu-se que existiam ali plantas que viviam a maior parte do tempo submersas, mostrando uma grande tolerância à salinidade. A investigadora do CCMar – Centro de Ciência do Mar deixou-se levar pela curiosidade científica e começou a estudar as plantas halófitas.
A Engenharia de Perfumes e Aromas ocupa Alírio Rodrigues há mais de vinte anos. Apesar de afastado do ensino, este professor emérito da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto continua a investigar e a publicar. Um dos seus artigos mais recente é sobre estas matérias.
Os ecossistemas aquáticos de água doce são dos habitats mais ameaçados do planeta. O engenheiro florestal Amílcar Teixeira, investigador do CIMO, tenta preservar a qualidade dos rios e ribeiras nacionais, combatendo as grandes ameaças que sobre eles pairam.
É uma das marinhas mais antigas do mundo. Ao longo dos séculos reuniu um espólio único de conhecimentos, uma mescla das ciências e das culturas de cada momento histórico. Hoje, no século XXI, estão empenhados em transmitir esse legado às novas gerações, reforçando a cultura marítima portuguesa. Essa é a principal missão do almirante Garcia Belo, diretor da Comissão Cultural da Marinha.
Nas últimas décadas, o lixo plástico – onde se incluem milhares de quilómetros de redes de pesca abandonadas – tornou-se a praga dos nossos mares. Se nada se fizer para travar este despejo contínuo de materiais altamente poluentes, em 2048, as toneladas de plásticos no oceano ultrapassarão as dos peixes. A solução para esta catástrofe passa por um aumento da regulamentação e pela consciencialização das indústrias produtoras, que têm de incorporar na sua atividade os princípios da economia circular, defende a bióloga Paula Sobral, investigadora do MARE.
A mortalidade de fauna selvagem nas estradas europeias pode colocar em risco a sobrevivência de algumas espécies raras e ameaçadas. A bióloga Clara Grilo, investigadora do CESAM, concluiu que podem ser mortos por atropelamento 194 milhões de aves e 29 milhões de mamíferos, todos os anos.
O universo está em expansão acelerada - ao contrário do que se pensava nos últimos 20 anos. O investigador Tiago Barreiro, do Instituto Astrofísico e Ciências do Espaço, quer explicar o porquê dessa aceleração surpreendente. Para o fazer dedica-se ao estudo da energia escura, algo desconhecido que constitui cerca de 70 por cento do universo.
É um tesouro com mais de 18 mil peças, muitas delas únicas no mundo! É um mergulho na História e na Ciência dos últimos 500 anos, tendo como protagonista o oceano. Mas é um trabalho sempre em progresso, que nunca pára. Como sublinha o comodoro José Favinha, diretor do Museu de Marinha, os avanços da Ciência, incluindo os mais recentes, têm de estar aqui representados. Porque o Presente de hoje é a História de amanhã.
Em tempos de emergência climática, as pradarias marinhas ganharam um novo protagonismo. Grupos de investigação, como aquele que é dirigido pela bióloga Ana Lillebo, investigadora do CESAM, vieram demonstrar que estes habitats sensíveis são dos maiores produtores de oxigénio do mundo e sumidores de carbono da atmosfera. Sem eles, o planeta estaria moribundo.
O local de trabalho do comandante Peixoto Queiroz é único no mundo. O seu escritório está instalado no interior de uma fragata do século XIX, a última embarcação portuguesa a percorrer, à vela, a Carreira das Índias. Restaurada ao pormenor, a fragata D. Fernando II e Glória está na doca seca de Cacilhas e aberta à curiosidade do público.
Quando o arqueólogo João Zilhão, e a sua equipa, descobriram uns fósseis humanos no Lagar Velho, perto de Leiria, estavam longe de imaginar a discussão e o debate científico que iriam provocar. Tudo porque esses registos osteológicos pertenciam a uma criança com mais de 24 mil anos, que ficou mundialmente conhecida como o Menino do Lapedo e que apresentava indícios de cruzamento entre o homem moderno e o homem de neandertal.
O astrofísico José Afonso, coordenador do IA - Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, é uma espécie de arqueólogo do tempo e do espaço. Tentando recuar a um passado longínquo, que nos leve a entender como se formaram as galáxias do Universo.
O velhinho Aquário Vasco da Gama está em profundo processo de remodelação. Mantendo os espaços mais emblemáticos que o caracterizam, a Aquário aposta agora nas tecnologias interativas para transmitir às novas gerações um olhar sobre o futuro: proteger o mar é preservar a biodiversidade marinha e combater as alterações climáticas.
As alterações climáticas e a urgência da descarbonização são o desafio do momento. Mas outro perigo agiganta-se no curto prazo: a população da Terra atingirá os 9,7 biliões de seres humanos daqui a 30 anos. Por isso, cientistas como Deborah Power começam a preparar as respostas à emergência alimentar que se avizinha.
Nas últimas décadas, os ecossistemas dos peixes migradores diádromos alteraram-se dramaticamente, com particular destaque para os habitats estuarinos e ribeirinhos. O biólogo Pedro R. Almeida, vice-diretor do MARE e docente na Universidade de Évora, estuda há vários anos estas espécies ameaçadas e tenta encontrar soluções que contribuam para a sua sobrevivência.
José Alberto Pereira acredita que a Natureza faz, mais ou menos, tudo certo. Se despendermos tempo a observá-la iremos aprender muito. E essa é, como investigador e diretor do CIMO – Centro de Investigação de Montanha, a sua premissa. E os resultados são visíveis na conservação dos olivais tradicionais – e muitas vezes centenários – do norte e nordeste de Portugal.
Há 40 anos, o grande desafio dos meteorologistas era conseguirem previsões fiáveis para três dias. A partir daqui tudo era uma incerteza. Hoje em dia, como nos conta o físico Miguel Miranda, presidente do IPMA, já se conseguem previsões rigorosas para dez dias e o objetivo, de curto prazo, é estender essa fiabilidade para os 12 dias.
Nuno Queiroz foi um dos muitos investigadores que assinaram uma carta aberta à Comissão Europeia alertando para o risco de extinção do anequim, por causa da sobrepesca. Apesar da inação das autoridades políticas de Bruxelas, o investigador do CIBIO acredita que ainda é possível salvar da extinção esta rara espécie de tubarão.
Mário Carvalho é um visionário, mas o tempo veio dar-lhe razão. Agrónomo por vocação e formação, dedicou a sua carreira de investigação à agricultura de conservação – um conjunto de práticas agrícolas que promove a sustentabilidade e a biodiversidade, através de sementeiras diretas, rotação de culturas e devolução dos resíduos ao solo de origem.
Conhecer Vénus, o gêmeo “diabólico” da Terra, tem sido o desafio de carreira de Pedro Machado, investigador do IA - Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e um dos mais prestigiados astrofísicos portugueses.
Se queremos prever a evolução futura do clima na Terra temos de conhecer o seu passado. Este é o mote das investigações da Fátima Abrantes – uma paleoceanógrafa do IPMA e do CCMAR – Centro de Ciências do Mar. E, para atingir esse objetivo, são estudados os sedimentos dos fundos oceânicos, os fósseis de conchas dos bivalves e o gelo eterno do Ártico e do Antártico.
Teresa Pinto-Correia é vice-presidente de um Conselho de Missão sobre a Saúde dos Solos e dos Alimentos. A estratégia deste grupo de trabalho, entregue já este ano à Comissão Europeia, defende uma mudança profunda no uso da terra e dos sistemas alimentares na Europa. E este é um dos temas em destaque neste podcast.
Existe um mundo infinitamente pequeno, desconhecido até há poucos anos. É o universo das nanopartículas – onde os materiais adquirem propriedades diferentes daquelas que lhes eram reconhecidas. A falta de regulamentação e o abuso destes nanomateriais têm efeitos perniciosos sobre o Ambiente, sobre os meios terrestres e aquáticos. E esse é um dos campos de estudo da bióloga Susana Loureiro.
Ciência e Cidadania. Duas palavras que andam a par durante toda a obra, toda a vida, de Alexandre Quintanilha. Os seus contributos para a Ciência são imensos e diversos. Vão desde a Física Teórica e o estudo dos supercondutores até à Biofísica e às investigações sobre membranas biológicas e eritrócitos.
O que motiva uma cientista portuguesa a estudar grandes símios? E, uma vez que Portugal não tem primatas entre a sua fauna, como é que isso se faz? – estas duas questões não podiam faltar na conversa com Catarina Casanova, a mais prestigiada primatóloga nacional.
A nova Revolução Tecnológica está em curso. E há uma investigadora portuguesa na linha da frente das inovações mais recentes – tendo o seu nome sido apontado para o Nobel da Física de 2020.
É possível reabilitar um território rural que se degradou nas últimas décadas? Como recuperar aldeias e regiões, que se quebraram num assustador processo de desertificação humana e de degradação ambiental?
As amêijoas asiáticas são uma espécie invasora que ocupou muitos dos nossos cursos de água, colocando em causa a sobrevivência de bivalves nativos. Mas Joana Pereira e outros membros da sua equipa perceberam que, afinal, esta praga pode ter alguma utilidade.
Sónia Cruz esteve em todos os jornais recentemente: ganhou a maior bolsa do Centro Europeu de Investigação atribuída a cientistas portugueses.
O biólogo marinho Rui Rocha tem uma convicção que norteia todo o seu trabalho científico: a aquacultura pode ser uma garantia de produção de alimento a preço justo para todos.
O biólogo José Alves é um migrador por opção. Segue as aves invernantes que arribam aos estuários quando chega o tempo frio
e parte com elas para o ártico quando a Primavera desponta.
Quem quer navegar em segurança na Ria de Aveiro dispõe, agora, de uma app desenvolvida pela equipa de João Dias, diretor do Departamento de Física da Universidade de Aveiro.
Serão as hortas urbanas seguras para a produção de alimentos?
E como poderemos saber se os seus solos estão – ou não – contaminados?
Como é que um crocodilo pode sobreviver em pleno deserto? Essa foi uma das questões que levou o biólogo José Carlos Brito a percorrer a Mauritânia, com uma bolsa da National Geographic.
Noventa e sete por cento do território português é mar. Que mistérios e recursos estão ainda por desvendar nessa imensidão atlântica?
Uma bactéria descoberta numa antiga mina de urânio, por investigadores da Universidade de Aveiro, pode vir a ter aplicações na Medicina, Veterinária e Indústria Alimentar.
Nesta entrevista, Tânia Caetano vai revelar-nos alguns dos segredos da “super-bactéria” NL19.
Golfinhos vítimas de redes de pesca, que naufragam nas nossas praias. Ou focas que são arrastadas por tempestades e arrojam nas costas portuguesas.
Uma hora para saciar a curiosidade. E divulgar as mais recentes descobertas científicas, que impactam as nossas vidas e a sociedade.