Sobre os olivais intensivos, que começam a predominar no sul do País, o investigador do CIMO deixa vários alertas. Os impactos são, particularmente, preocupantes na perda da biodiversidade e no reforço de resistência das pragas. Pior: por vezes, as plantas absorvem esses produtos nocivos e eles vão para as azeitonas – acabando nos nossos pratos.
A exploração sustentável do olival deve basear-se na produção de azeitona, mas não se esgota aí. As folhas da oliveira também podem – e devem ser – aproveitadas, porque têm um valor económico.
Em Trás-os-Montes e Vale do Côa, espalhadas nos olivais tradicionais, existem muitas oliveiras com centenas de anos. São monumentos naturais únicos, que podem ser visitados. Mas que também continuam a ser produtoras de azeite. Azeites únicos cuja composição os investigadores do CIMO têm estudado e ajudado a preservar.
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