Quando se misturam certos aromas com etanol, qual será o resultado final? Como se pode prever os cheiros que resultam de cada mistura? Estas foram as questões que Alírio Rodrigues começou a tentar responder. Para tal, desenvolveu – e foi aperfeiçoando ao longo dos anos – uma metodologia capaz de prever o resultado final para cada composição da mistura. E, a partir daí, ganhou escala. Ou seja, graças à engenharia química, pode-se saber qual o cheiro, qual o perfume que resultará de uma complicada mistura de aromas diferentes.
Destes trabalhos de investigação resultaram, aliás, duas spin-off’s portuguesas, que têm vindo a destacar-se na indústria dos perfumes.
Mas o trabalho científico de Alírio Rodrigues não se esgota nos perfumes. Dedica-se, igualmente, à biorefinaria, trabalhando com celulose e pasta de papel, com o objetivo de criar produtos de alto valor acrescentado.
Neste campo começou por trabalhar com lenhina, um dos componentes da madeira. Um subproduto da pasta de papel, retirado logo no início do processo e que acaba na queima, produzindo energia. Alírio Rodrigues decidiu valorizá-lo e da lenhina conseguiu extrair vanilina – precisamente um dos aromas usados na perfumaria.